Tinha acabado de se tornar Presidente, depois de uma grande campanha sem recursos financeiros, ou como diria nas suas palavras, "em prol das minorias e oprimidos pelo sistema", e como tinha oprimido nesse sistema. Tinha sido eleito com tantos votos que nem lembrava mais o nome dos eleitores, chamava agora todo mundo de "companheiro", "meu querido". Queria colocar todas as ideias de campanha em prática, começou ajudando os oprimidos, os menos favorecidos, e conseguiu, era o que contavam, e era o suficiente. O ideal se concretizou, a injustiça tinha acabado, não havia mais pessoas pobres, todos estavam muito bem, e as reclamações, o desespero, as revoltas acabaram de vez. O medo agora era de falar uma coisa indevida, de ser autêntico, de ser livre, medo de criticar, mas tudo tinha consequência, pior era antes. O Presidente, como agora era conhecido, era a última voz, e aí de quem não concordasse, tinha que ser muito burro, pois tudo agora estava bom.
Humanas Publicações
- janeiro 2022 (1)
- outubro 2021 (1)
- agosto 2021 (2)
- abril 2021 (4)
- fevereiro 2021 (1)
- janeiro 2021 (1)
- dezembro 2020 (1)
- novembro 2020 (1)
- outubro 2020 (3)
- maio 2020 (4)
- abril 2020 (1)
- março 2020 (1)
- fevereiro 2020 (2)
- janeiro 2020 (3)
- dezembro 2019 (1)
- janeiro 2018 (1)
- dezembro 2017 (2)
- abril 2017 (1)