Complexo de pai

Era comum transformar relações reais em falsidades, não conseguia controlar, era instinto. Amanda era incontrolável, dizia que queria casar, queria relacionamento sério, mas quase sempre escapava, gostava mais de novas experiências, aprendizados, e ela até se explicava, "não foi dessa vez, mas pelo menos foi aprendizado".
Amanda era uma sedutora, tinha aprendido o que o homem gosta de ouvir, a mãe tinha ensinado que o pai não prestava, as experiências de terror doméstico eram a prova irrefutável. 
Parecia não ter saída, Amanda seria aprendizado até perder a beleza. Isso, ela sabia que tinha bastante, e deveria aproveitar. 
O gosto de Amanda era saber que tinha e poderia ter tudo, "beleza compra tudo, afinal", até o dia da rejeição, foi o fim de Amanda, ficou deprimida durante um ano, e agora repetia com mais fidedignidade, "quero homem sério". Apesar de tudo, Amanda casou quase aos 40, tentou ter alguns filhos,  não conseguiu, mas o que ela não se conformava era ter no marido uma cópia idêntica do pai, apesar de todo aprendizado. 



Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha.

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