Era tarde, mas a consciência não parava de infernizar, o presidente estava errado, ou o ministro? Não sabia, tudo estava muito confuso, e piorava com a fome. Esperava há meses a saída de um maldito auxílio, o governo tinha prometido, mas como acreditar em um governo que não tem palavra, não parava de pensar nisso, e o desemprego, a economia... O país acabaria? Tinha certeza que sim, pois tinha visto um vidente dá certeza; a fome não passava, era infernal, começava a lembrar da infância, da fome que sofrera, do pai viciado, a mãe alcoólatra. Será que tudo aquilo voltaria, a vida agora era incerteza.
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