O barulho era tão estridente quanto o perigoso gesto de jogar facões para o alto, era possível ouvir, ainda naquela tarde de domingo, o barulho das lâminas batendo, batia um facão no outro, mas batia com gosto, orgulhoso e cabisbaixo. O rapaz do sinal, de nome desconhecido, vestia uma camisa com a imagem do Coringa, um desenho de aspecto sombrio, e tinha a aparência de quem não tomava banho há algum tempo. No rosto, carregava um sofrimento, do tipo de quem não viu outra oportunidade na vida. Naquela tarde de domingo, rua quase deserta, um público de pouco mais de cinco pessoas, o malabarista jogava seus facões para cima, ainda com esperança de ser visto.
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